quinta-feira, 25 de junho de 2009

O SERMÃO EXPOSITIVO

DEFINIÇÃO DO SERMÃO EXPOSITIVO:

O Sermão Expositivo é o método mais eficiente de pregação, porque, mais que todos os outros tipos de mensagens, ele, com o tempo, produz uma congregação cujo ensino é fundamentado na Bíblia. Ao expor uma passagem da Sagrada Escritura, o ministro cumpre a função primária da pregação, a saber, interpretar a Verdade bíblica (o que nem sempre se pode dizer dos outros tipos de sermões).
Sermão Expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto. A maior parte do material desse tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço consiste em uma série de idéias progressivas que giram em torno de uma idéia central. (James Braga)

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREPARAÇÃO DE SERMÕES EXPOSITIVOS

1. Escolha o texto
2. Leia cuidadosamente o texto (no mínimo 20 vezes)
3. Encontre um objetivo
4. Faça uma introdução resumida
5. Encontre um tema
6. Encontre uma Palavra-chave
7. Faça as divisões necessárias
8. Faça uma lista das ilustrações que lhe chamaram a atenção
9. Fixe-se na maneira de aplicar os ensinamentos do sermão
10. Observe a natureza do desenvolvimento e faça a conclusão

EVITE:

1. Pedir desculpa
2. Piadas
3. Gestos de molecagem
4. Promessas fantásticas
5. Trivialidade (coisas sem importância)
6. Banalidade
7. Batido – algo muito usado

A FORMAÇÃO DO SERMÃO EXPOSITIVO

Texto básico
Objetivo
Introdução
Palavra chave
Desenvolvimento
Conclusão

BASE DO SERMÃO EXPOSITIVO

Princípio
Meio
Fim

RECURSOS HOMILÉTICOS

Os recursos homiléticos aqui apresentados são usados consciente ou inconscientemente pela maioria dos pregadores grande parte do tempo. Eles passam a ser imensamente mais útil, se reconhecidos e compreendidos.

OS SEIS PROCESSOS RETÓRICOS

Narração. A introdução do sermão consiste primeiramente da narração (ou afirmação) de fatos bíblicos ou substrato histórico, ou de circunstâncias comuns relacionando uns com os outros, o orador, os ouvintes, a ocasião, o assunto, e a tese.
Intercessão. Esta pode ter seguimento a título de paráfrase, definição, ampliação, ou descrição (comparação, contraste, associação). Ainda outro desenvolvimento poderia ser por progressão cronológica, ou de acordo com lugares ou pessoas.
Ilustração. Aqui todas as fontes de material para a pregação, previamente discutidos, entram em jogo.
Aplicação. A aplicação pode envolver o ouvinte conforme o sermão avança, ou pode ser retida até a conclusão.
Argumentação. Usar argumentação não significa tornar-se polêmico ou exibir espírito contencioso, mas, convencer o ouvinte através de provas e informações.
Exortação. Qualquer que seja a exortação que possa ter havido durante o transcurso do sermão, a conclusão deve conduzir a mensagem a um ponto focal, e conduzir o ouvinte a algum tipo de resposta.

AS SETE INTERROGATIVAS

O processo consiste simplesmente em levantar a pergunta mais relevante que a tese deixa sem responder, e deixar que os pontos que se seguem respondam a pergunta.

QUEM? Introduzindo uma seqüência de pessoas para serem enumeradas, identificadas, classificadas ou incluídas na aplicação de algum princípio.
QUÊ? QUAL? Introduzindo uma seqüência de coisas, escolhas, ou alternativas.
QUÊ? Introduzindo uma seqüência de significados, implicações, definições, particularidades, características, inclusões ou exclusões, ou o quê, (o qual, a qual) ao lado de uma das preposições acima.
POR QUÊ? Introduzindo uma seqüência de razões aos objetivos.
QUANDO? Introduzindo uma seqüência de tempos, fases, ou condições.
ONDE? Introduzindo uma seqüência de lugares, ou donde? (lugar, origem, fonte, causa?), ou onde? (lugar, meta, resultado, extensão, conclusão?).
COMO? Introduzindo uma seqüência de modos e meios.

A PALAVRA-CHAVE

Um dos recursos homiléticos mais úteis é a “palavra-chave”. Se houver unidade num sermão, haverá uma “palavra-chave”, não necessariamente expressa ou reconhecida, que caracteriza um dos principais pontos, e mantém unida a estrutura. Uma “palavra-chave” é sempre um substantivo, um substantivo verbal ou um adjetivo.


Exemplos:

Substantivo: Atributos, obstáculos, causas, meios.
Substantivo Verbal: Princípios, inferências, compromissos, expectativas, descobrimentos.
Adjetivo Substantivo: Atualidades, fraquezas.

Obs.: Uma “palavra-chave” é sempre no plural.

 Acontecimentos  Evidências  Regras
 Abordagens  Exemplos  Reivindicações
 Ações  Exigências  Respostas
 Advertências  Fardos  Rotas
 Afirmações  Fatos  Segredos
 Alegrias  Fontes  Sugestões
 Alvos  Funções  Tendências
 Aplicações  Grupos  Tipos
 Argumentos  Garantias  Nomes
 Artigos  Ilustrações  Diferenças
 Aspectos  Itens  Elementos
 Atitudes  Leis  Ensinos
 Atributos  Lições  Erros
 Benções  Listas  Esperanças
 Benefícios  Usos  Empecilhos
 Causas  Valores  Objetivos
 Chaves  Verdades  Objeções
 Crenças  Virtudes  Ocasiões
 Critérios  Meios  Provas
 Desejos  Reações  Pontos
 Expressões  Razões

COMPONENTES ESTRUTURAIS DO SERMÃO EXPOSITIVO

O Título ou tema.
Deve ser breve. A brevidade tende a centralizar a atenção ao passo que os títulos compridos tendem a dispensar o pensamento.
Deve ser atraente. Tem-se observado que o sucesso ou o fracasso de um livro muitas vezes é determinado por seu título, e que os sermões que se mantiveram vivos tinham geralmente títulos atraentes.
Deve ser indicativo do conteúdo do sermão. O que ele revela deve harmonizar-se com o material a ser apresentado.
Deve estar relacionado com os interesses e as necessidades dos ouvintes. Os ouvintes não são apenas numerosos indivíduos; cada um deles é o centro de um universo, no qual o ministro deve conseguir entrada com a verdade salvadora. Ele vem à igreja por três motivos:
De todos os motivos legítimos que trazem as pessoas à Igreja, o último é inferior, mas é o motivo que traz a avassaladora maioria dos que vêm.

A Introdução

 Deve preparar os ouvintes para uma favorável e inteligente recepção da Verdade bíblica que está para ser apresentada.
 Deve enunciar a tese, revelando a linha de desenvolvimento proposta.
 Deve deixar clara para o auditório a relação do tema com a ocasião, com os ouvintes, com texto e com a tese.

Conclusão

 A conclusão deve, de algum modo, refletir a proposição ou os pontos principais, ou ambos.
 A conclusão deve levar a um ardoroso foco.
 A conclusão deve apelar ao indivíduo para que reaja de alguma forma concreta: com uma atitude, ou decisão, ou compromisso de consagração o reconsagração a Cristo nalgum ponto definido, ou com uma resposta de ação de graças.
 A conclusão deve evitar a introdução de material novo, exceto alguma ilustração ou poema ou versículo bíblico pertinente, assegurando-se vigorosa sentença de encerramento para o impacto final.


A VIDA ÍNTIMA DO PREGADOR E A EFICIÊNCIA DA SUA MENSAGEM

“O que o pregador é fala mais alto e claramente do que aquilo que o pregador diz”.

xistem sete características muito importantes que devem predominar na vida íntima do pregador. Elas são indispensáveis à reflexão em suas atitudes para com seus ouvintes e na maneira de reagir ante estes. São elas:

Verdadeira Aceitação de Cristo como Salvador
Todo pregador deve examinar-se com a ajuda de Deus, para estar seguro de que realmente aceitou Cristo como seu Salvador pessoal, e não somente aceitou como verdade o fato de que ele é o único Salvador.
Consagração
Temos que reconhecer que a conservação da consagração se consegue à custa de vigilância e esforços constantes, sempre com a ajuda de Deus.

Boa Vontade
O pregador precisa sentir-se amigo de todos e deve demonstrar isso em suas atitudes. Ele tem que lutar também contra a tendência de sentir-se superior aos outros.

Consideração
É necessário desenvolver o senso de delicadeza para com os demais em todo o momento. Por meio de palavras ou modos ásperos e duros alguém pode neutralizar todas as verdades elevadas que pronunciar com a boca.
Compaixão
Até onde nos seja possível, devemos procurar compreender cada ouvinte; seus pontos fracos e fortes, suas provações, suas tentações, seus sofrimentos, suas limitações, seus anelos, sua capacidade, mostrando desta maneira o espírito de Cristo mesmo.
Sabedoria
O pregador ao falar a um grupo de pessoas tem que saber falar com sabedoria. Mas também tem que saber agir com sabedoria, frente a qualquer situação inesperada que se lhe apresente enquanto estiver falando.

Domínio De Si Mesmo
É necessário para vencer o temor, que é mais ou menos natural quando se tem que falar em público. Também é necessário para corrigir alguma falha especial que se tenha, como o gaguejar. Ainda é necessário dominar a voz e falar de tal maneira que todos compreendam cada palavra e que as palavras expressem seus sentimentos.